Buracos negros num coração congestionado.
introduction
Me pego transbordando ideias e sentimentos através das palavras. Meu eu verdadeiro se esconde por trás dessas linhas e eu continuo a escrever com o desejo de me encontrar algum dia. Durante a vida, os caminhos se cruzam. Quem sabe não só eu, como um você pode estar escondido sob as minhas palavras?
Os desafinados também têm um coração.
Esperando o trem que nunca veio.
Me encurto e me desdobro para tentar encaixar na realidade de quem não sonha. Nunca consegui.
Comentários geram sorrisos.
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Anotações esquecidas atrás do coração
quarta-feira, 17 de novembro de 2010 @ 14:29
Nove e vinte e dois da manhã do dia treze de outubro. O dia de ontem foi difícil. Me veio aquela sensação de esperar um trem que nunca vinha, sabe como é? Eu estava terrivelmente preocupada e sem saber como reagir, meu corpo não se agüentava e derramava lágrimas rápidas e violentas e que me doíam lá de dentro. “Eu posso perdê-lo”. Essa possibilidade - egoísta -, martelou na minha cabeça nos primeiros momentos. Um vazio que já tinha feito suas malas e ido embora carregando seu peso de volta pra dentro de mim. Surpreendentemente, algo me iluminou. Uma certeza que eu pensei conhecer, mas que demonstrou novos aspectos, proporções e intensidade. A palavra amor nunca bastou. Essas quatro letras significam muito, mas não possuem espaço suficiente para o que eu sinto por ele, meu garoto, meu bem - literalmente falando, ele representa o meu bem. E foi quando a possibilidade de não tê-lo mais bateu na minha cabeça que eu conclui o quão vasto meu carinho e todos esses sentimentos por ele eram. Agora, eu olho pra fora e vejo o mar. Indo e vindo, na sua valsa interminável. Fecho os olhos pra fazer um pedido: “Não carregue meu amor pra longe.”