Buracos negros num coração congestionado.
introduction
Me pego transbordando ideias e sentimentos através das palavras. Meu eu verdadeiro se esconde por trás dessas linhas e eu continuo a escrever com o desejo de me encontrar algum dia. Durante a vida, os caminhos se cruzam. Quem sabe não só eu, como um você pode estar escondido sob as minhas palavras?
Os desafinados também têm um coração.
Esperando o trem que nunca veio.
Me encurto e me desdobro para tentar encaixar na realidade de quem não sonha. Nunca consegui.
Comentários geram sorrisos.
Eu quero ler você também:
Contraponto (Quarta parte)
domingo, 7 de novembro de 2010 @ 13:37
Eu sempre acreditei que cada pedaço vivo ao meu redor guardasse segredos. Sempre olhei em volta imaginando a profundidade invisível dentro de tudo. Alguns segredos morrem calados, imóveis, enquanto outros cantam e dançam por onde tiverem oportunidade. O romance é um segredo, assim como a rosa: não se sabe porque é tão bela, intensa e, ao mesmo tempo, tão perigosa com seus espinhos fortes e preparados para perfurar qualquer um que queira segurá-la e sentir o tão desejado aroma. ''Por que, rosa?''
Olho para esta tão contraditória flor no jardim e logo em seguida sinto meu amor dentro do conturbado coração que possuo: são tão similares que meu órgão pula ao reconhecer a rosa, como se estivesse recebendo um familiar muito querido que havia ficado em estado de coma por um longo tempo. ''Por que, amor?''
Eu nunca acreditei que algum dia iria libertar meus segredos e desenhá-los na vida de alguém. Não sentia vontade de me compartilhar, de me deixar exposta pelas paredes da memória de um qualquer. ''Não e não e não''.
Agora fecho os olhos por alguns instantes e tento encontrar onde, exatamente, em que contraponto, as coisas modificaram-se: quando você surgiu na minha vida ou quando minha vida se transformou a partir do que eu sentia por você.